Pulsão de Morte

Não há nada que seja mais intrigante quanto a Morte, apesar de esta ser uma certeza, i-negável.

Quando somos crianças comumente somos blindados por nossos pais e/ou cuidadores de tudo o que está relacionado com este fenômeno, inerente à raça humana.

Para enriquecer este artigo, apresento o conceito de Pulsão de Morte, termo apresentado por Freud em sua obra “Além do Princípio do Prazer” de 1920.

Na teoria psicanalítica a Pulsão de Morte, ou Tânatos, é a pulsão direcionada a finitude e a autodestruição, também descrita como oposição entre os instintos do ego ou da morte e dos instintos sexuais ou de vida. O oposto da Pulsão de Morte é a Pulsão de Vida, ou Eros, a tendência de sobrevivência, perpetuação da espécie, sexo e outras pulsões criativas e produtoras de vida.

Apesar de opostas, ambas as pulsões não agem de forma isolada, estão sempre trabalhando em conjunto segundo o princípio de conservação da vida.

Desta forma, podemos observar tanto o nosso Eros quanto o nosso Tânatos em ação ao realizarmos qualquer atividade cotidiana, como se alimentar, onde a Pulsão de Vida está presente, visando a manutenção da vida, a Pulsão de Morte também está presente, já que é necessário destruir o alimento.

Veja este outro caso. Em uma situação onde um sujeito se encontra ameaçado, podendo ser morto a qualquer momento, com a finalidade de proteger a própria vida acaba por matar seu opressor. Ou no ato de defesa de sua prole, quando vê a sua família em perigo resolve atacar.

De qualquer forma, a Morte está sempre presente, anda sempre ao nosso lado, assim como o Amor. Quando fechamos os olhos para estas Pulsões ficamos cegos e imóveis.

Aproveito este texto para apresentar o mito da Caixa de Pandora.

Pandora, 1896, J. W. Waterhouse
A Caixa de Pandora é um artefato da mitologia grega, tirada do mito da criação de Pandora, que foi a primeira mulher criada por Zeus. A Caixa era na verdade um grande Jarro dado a Pandora, que continha todos os males do mundo.

Pandora abre o Jarro, deixando escapar todos os males do mundo, menos a Esperança. A Esperança pode ser vista como um mal da humanidade, pois traz uma ideia superficial acerca do futuro.

O principal motivo da criação de Pandora, segundo a mitologia greco-romana, seria de que Prometeu roubou o fogo do monte Olimpo e levou ao mundo humano, contrariando a vontade de Zeus. Pandora foi criada com um único defeito, a curiosidade. Zeus criou a caixa porque sabia que um dia, a vontade de Pandora a levaria a abrir a caixa e libertar o mal ao mundo humano, castigando-os pelo fogo que haviam recebido contra sua vontade.

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