Mitos sobre o Suicídio

A Saída, 2007, George Grie
Erros e preconceitos são historicamente repetidos contribuindo para formação de estigmas em torno da doença mental e do comportamento suicida, o estigma resulta de um processo em que pessoas são levadas a se sentirem envergonhadas, excluídas e discriminadas. São mitos do suicídio as seguinte afirmações:

Mito 1: “Uma vez suicida, a pessoa sempre é suicida"
Embora pensamentos suicidas possam retornar, não são permanentes e um indivíduo que teve pensamentos e tentativas suicidas podem continuar a viver normalmente.

Mito 2: “Falar sobre suicídio é uma má ideia e pode ser interpretado como incentivo” 
Dado o estigma generalizado em torno do suicídio, a maioria das pessoas que está pensando em suicídio não sabe com quem falar. Em vez de incentivar o comportamento suicida, falar abertamente pode dar ao indivíduo outras opções ou tempo para repensar sua decisão, impedindo o suicídio.

Mito 3: “Somente pessoas com transtornos mentais são suicidas” 
Os comportamentos suicidas têm sido associados à depressão, abuso de substâncias, esquizofrenia e outras perturbações mentais, além de aos comportamentos destrutivos e agressivos. No entanto, esta associação não deve ser sobrestimada. A proporção relativa destas perturbações varia de lugar para lugar e há casos em que nenhuma perturbação mental foi detectada. 

Mito 4: “A maioria dos suicídios acontece de repente, sem aviso prévio” 
A maioria dos suicídios foi precedida por sinais de alerta, verbais ou comportamentais. É claro que existem alguns suicídios que ocorrem sem aviso prévio, mas é importante entender quais são os sinais de alerta e ter cuidados 

Mito 5: “O suicida está determinado a morrer” 
Pelo contrário, as pessoas suicidas costumam ser ambivalentes quanto a viver ou morrer. a pessoa pode agir impulsivamente e morrer alguns dias depois, mesmo que gostassem de viver. O acesso ao apoio emocional na hora certa pode impedir o suicídio. 

Mito 6: “Pessoas que falam de suicídio não pretendem fazer" 
As pessoas que falam sobre suicídio podem estar buscando ajuda ou apoio. Um número significativo de pessoas que pensam em suicídio está experimentando ansiedade, depressão e desesperança e pode sentir que não há outra opção. 

Mito 7: “Quando um indivíduo mostra sinais de melhoria ou sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo”
Na verdade, um dos períodos mais perigosos é imediatamente depois da crise, ou quando a pessoa está se recuperando, na sequência de uma tentativa. A semana seguinte é um período durante o qual a pessoa está fragilizada. 

Mito 8: “O suicídio é sempre hereditário” 
Nem todos os suicídios podem ser associados à hereditariedade e estudos conclusivos são limitados. Uma história familiar de suicídio, no entanto, é um fator de risco importante para o comportamento suicida, particularmente em famílias onde a depressão é comum. 

Mito 9: “O suicídio só acontece “àqueles outros tipos de pessoas” não a nós” 
O suicídio acontece a todos os tipos de pessoas e encontra-se em todos os tipos de sistemas sociais e de famílias. 

Mito 10: “Após uma pessoa tentar cometer suicídio uma vez, nunca voltará a tentar novamente” 
Na verdade, as tentativas de suicídio são um preditor crucial do suicídio. 

Mito 11: “Crianças não cometem suicídio dado que não entendem que a morte é final e são cognitivamente incapazes de se empenhar num ato suicida” 
Embora raro, as crianças cometem suicídio e, qualquer gesto, em qualquer idade, deve ser levado muito seriamente. 

Mito 12: “É proibido que a mídia aborde o tema suicídio”
A mídia tem obrigação social de tratar desse assunto de saúde pública e abordar esse tema de forma adequada. Isto não aumenta o risco de uma pessoa se matar; ao contrário, é fundamental dar informações à população sobre o problema, onde buscar ajuda etc.

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